A Movimentação Dentária e a Ortodontia

Para começar este assunto e explicando resumidamente, adianto que todo o movimento dentário induzido pela ortodontia, baseia-se no princípio de que a força que é exercida no dente desencadeia reações biológicas nos tecidos ao redor dele, levando-o assim ao movimento ortodôntico. Vale ressaltar ainda que esta é uma breve explicação e que não entra nos pormenores biológicos da movimentação dentária. Esta que envolve uma cascata de acontecimentos sequenciais e necessários para que o movimento ortodôntico ocorra, com reações químicas e diferenciações celulares, por exemplo.

O que pouca gente sabe é que cada movimento tem uma direção e um nome específico, que depende do efeito que a força ortodôntica causa e o direcionamento do elemento dentário. Portanto, neste texto, você conhecerá alguns destes movimentos possibilitados pela ortodontia.

Torque

Na figura abaixo, podemos observar o movimento radicular (da raíz) do dente, no sentido vestíbulo-lingual. (Figura 1) Por exemplo, como ocorre com os aparelhos fixos quando são utilizados fios de secção retangular dentro dos slots dos bráquetes.

Figura 1 – Movimento de torque.

Verticalização

Na segunda imagem, também prevalece o movimento radicular ao coronário (coroa do dente). Ele ocorre no sentido mésio-distal e é um dos movimentos mais comuns quando o paciente está na fase de alinhamento dos dentes. (Figura 2)

Figura 2 – Movimento de verticalização.

Translação

A seguir, o movimento coronário e radicular com igual magnitude e no mesmo sentido de aplicação da força. É como se no momento em que acontece este movimento, o dente conseguisse se movimentar como um todo, sem inclinações coronárias ou radiculares. Isso ocorre graças ao momento de forças criado dentro do slot do bráquete, que anularia o movimento de inclinação que uma força aplicada distante do centro de resistência causaria. (Figura 3)

Figura 3 – Movimento de translação.

Intrusão e extrusão

Enquanto abaixo, podemos observar o movimento no sentido da linha de erupção dentária, com diferenças biológicas importantes ocorrendo próximo ao ápice radicular. A força neste tipo de movimento deve também ser aplicada de forma cuidadosa. Ex: aparelhos fixos e removíveis. (Figuras 4 e 5)

Figura 4 – Movimento de intrusão.

 

Figura 5 – Movimento de extrusão.

Rotação

Por fim, este movimento ocorre em torno do longo eixo do dente. Ele é obtido através de um binário de forças (forças de igual magnitude aplicadas em direções opostas) e, graças às leis de Newton, o momento para a correção da posição do dente pode ser acentuado, com maior capacidade de alcançar sucesso da correção dentária. (Figura 6)

Figura 6 – Movimento de rotação.

Contudo, é interessante observar que durante algumas fases do tratamento, muitos dos movimentos (conforme demonstrado acima) acontecem de forma simultânea, ou seja, ao mesmo tempo. Este feito acontece justamente porque o tratamento é dinâmico e altera com frequência.

Até a próxima!

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