Um procedimento simples e com resultados notáveis, o preenchimento facial com ácido hialurônico vem ganhando cada vez mais espaço. Afinal, é um procedimento seguro e que proporciona resultados rápidos.
Como o ácido hialurônico é produzido pelo organismo e está presente em diversos tecidos, como por exemplo a pele, cartilagens e articulações, seu uso como preenchedor é muito bem aceita pela derme, devido à biocompatilidade.
Ácido Hialurônico na Odontologia
As rugas surgem com a diminuição da produção de colágeno e do ácido hialurônico (AH) em nosso corpo. Essa substância é responsável pela firmeza e preenchimento da pele, por isso, quando diminui devido ao envelhecimento, surgem linhas de expressão, rugas, perda de elasticidade da pele e diminuição do volume da face.
Além disso, fatores externos como exposição solar sem proteção, má alimentação e vícios, como o fumo, também influenciam na textura e elasticidade do tecido epitelial.
Para garantir a pele firme novamente, o preenchimento com ácido hialurônico é uma das técnicas mais procuradas, por oferecer hidratação, sustentação e preenchimento nas áreas que perderam volume, além de ser um procedimento seguro.
Atualmente, a procura por preenchimento labial é a mais frequente. Existem várias técnicas, e cada uma deve ser usada de acordo com as necessidades dos pacientes, uma vez que cada indivíduo possui uma estrutura labial e gostos pessoais.
Além dos lábios, o ácido hialurônico injetável pode ser aplicado nas seguintes regiões:
- Sulco nasolabial;
- Olheiras;
- Preenchimento de malar;
- Contorno mandibular;
- Rugas mentonianas;
- Nariz;
- Rugas de expressão;
- Corrigir assimetrias;
- Melhorar o aspecto de cicatrizes.
Vale ressaltar que para cada região da aplicação existe uma densidade de AH mais adequada, desde os mais fluídos aos mais densos.
👉 Confira um caso clínico de preenchimento de olheiras com ácido hialurônico
Conheça os tipos de ácido hialurônico utilizados na Odontologia:
- Ácido hialurônico de alta densidade: indicado para áreas que necessitam de maior estruturação e efeito lifiting, como por exemplo as áreas de projeção óssea (malar, mandíbulas e mento);
- Ácido hialurônico de média densidade: indicado para áreas intermediárias, sulcos e rinomodelação;
- Ácido hialurônico de baixa densidade: indicado para áreas de pele delicada, como por exemplo rugas finas, olheiras e lábios;
Dentro da modalidade do preenchimento também entra o Skinbooster, que serve para hidratar a pele, levando o ácido mais fluído até a derme.
O efeito preenchedor é imediato, porém não é permanente. O organismo absorve a substância e, em média de 1 ano ela precisa ser reaplicada para garantir a sustentação da derme. Porém, isso também varia de acordo com os hábitos, rotina e metabolismo de cada paciente.
Um ponto interessante é que uma vez aplicado, a pele não volta ao seu formato inicial mesmo depois da reabsorção da substância. Desse modo, a sustentação aumenta gradativamente a cada aplicação, melhorando o aspecto da pele.
Reações adversas do ácido hialurônico injetável
A harmonização facial com ácido hialurônico apresenta diversos benefícios, como por exemplo a hidratação da pele, o estímulo da produção de colágeno e a regeneração celular, promovendo o aumento de volume, devolvendo o contorno e melhorando a textura e elasticidade da pele. Porém, como todo procedimento, o profissional deve estar atento aos riscos de alegrias e/ou efeitos adversos.
Apesar de ser um preenchedor biológico, para reações adversas, o profissional deve realizar uma anamnese detalhada, verificar se o paciente tem histórico de alergia à algum componente da formulação, realizar a antissepsia da pele e utilizar cânulas e/ou agulhas do diâmetro indicado pelo fabricante do preenchedor.
Além disso, é fundamental o profissional ter conhecimento em anatomia, compreender as características físico-químicas da substância e indicações clínicas de cada tipo de viscosidade do produto.
A reação mais comum é o edema após a aplicação, que vai cessando com o passar dos dias e em menos de duas semanas já desaparece. O paciente também pode apresentar equimose, hematoma, eritema, nódulos, necrose tecidual e e dor no local da aplicação. Por isso é fundamental o monitoramento do paciente após o preenchimento facial.
Para que seu paciente tenha uma recuperação em menos tempo, você pode indicar a aplicação de compressas de gelo nos primeiros dois dias após o procedimento.
No caso de intercorrências, para reverter o preenchimento, o profissional pode utilizar a enzima hialuronidase, responsável por quebrar as ligações químicas do ácido hialurônico, permitindo que a substância seja absorvida pelo organismo e revertendo o preenchimento facial.
A hialuronidase é considerada segura por ser biocompatível, possui baixo risco de efeitos colaterais e apresenta efeitos imediatos.
👉 Leia mais: Tudo o que você precisa saber sobre o uso da Hialuronidase
Caso Clinico: Preenchimento labial com ácido hialurônico
Como dito anteriormente, o AH é uma substância que já está presente em nosso organismo, porém com o passar dos anos a produção chega a diminuir cerca de 1/3. E, por consequência deixa a pele desidratada e sem densidade. O AH possui uma alta capacidade de reter água, absorvendo cerca de mil vezes o seu peso.
A ação da substância se dá quando aplicada na derme, uma camada mais profunda da pele, capaz de retê-la e cumprir com sua função de hidratar e preencher as rugas e marcas de expressão.
Veja o procedimento na prática
Recentemente, uma paciente chegou ao meu consultório com uma das queixas mais comuns: o lábio muito fino.
Além disso, não estava satisfeita com o sulco nasolabial profundo, mais conhecido como bigode chinês. A aplicação do ácido foi realizada conforme abaixo:
- Contorno: 0,1 ml
- Ponto A – B: retroaplicação e apertar para fazer contorno;
- Até o C quando lábio é muito fino e quer inverter;
- Quando tem “código de barras” entra até o ponto B e retroaplica 2 vezes;
- D: entra no ponto e desce até a transição lábio seco/ molhado com a agulha angulada e retroaplica 0,06;
- O restante 0,04 entra novamente com a agulha e faz a projeção do tubérculo – agulha vem raspando o lábio;
- Volumizar o inferior: mede a metade do lábio e marca o ponto E, entra no ponto central e retroaplica para os lados direito e esquerdo.
O uso do ácido hialurônico na Odontologia apresenta diversos benefícios, como por exemplo o estímulo da produção de colágeno e hidratação da pele, sendo indicado para preencher rugas, áreas que necessitam de volume, bem como para corrigir assimetrias, além de melhorar a textura e elasticidade da pele.
Mas para ter sucesso clínico, é fundamental o dentista ter conhecimento de anatomia facial, saber as características da substância e realizar o monitoramento do paciente, para evitar complicações tardias e se necessário, realizar a reversão do procedimento.
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