As restaurações diretas em resina composta constituem-se como uma das técnicas restauradoras mais realizadas pelos cirurgiões dentistas para a resolução estética de problemas clínicos nos dentes anteriores. Durante o protocolo restaurador do segmento anterior, entender a função de cada camada a ser restaurada é de suma importância para conseguirmos uma restauração em resina composta mais natural e harmônica. Logo, estratificar é tentar devolver naturalmente o que foi perdido!
Nas restaurações dos dentes anteriores devemos na maioria das vezes reproduzir as seguintes camadas:
- concha palatina;
- camada de dentina;
- porção final em esmalte.
Assim, devolvemos a naturalidade, brilho e efeitos óticos dos dentes naturais. Nesse artigo, abordaremos a importância e as possibilidades restauradoras da primeira camada restauradora, a concha palatina.
O que é concha palatina?
A concha palatina é uma camada de resina fina e delgada de aproximadamente 0,5mm de espessura, que deve ser confeccionada como primeira etapa no processo restaurador. A função desta parede é determinar o tamanho cérvico-incisal e mesio-distal da futura restauração e reconstruir a face palatina.
Os tipos de resinas mais indicados para a confecção dessa camada são as resinas denominadas acromáticas, ou seja, transparentes, para que durante a aplicação destas, consigamos uma naturalidade na restauração final e para que essa camada não interfira nas camadas subsequentes. Por ser uma camada bem fina, o profissional deve se atentar na adaptação da resina nas paredes dentais e observar a ausência de falhas, gaps, bolhas e fraturas para que as próximas camadas sejam executadas.
>>>Leia também: Resina composta na odontologia: tudo o que você precisa saber
Existem diversos meios de confeccionar a resina composta
Podem ser feitas diretamente em dente a mão livre, equalizando o tamanho e formato em que se deseja restaurar e ou copiar o tamanho do dente vizinho. Caso o profissional opte por essa técnica, a observação da correta inclinação da parede e a espessura da resina deve ser bem criteriosa para que não comprometa a estética e a resistência final da restauração.
A técnica mais precisa para confecção da concha palatina é utilizando uma muralha de silicone (de preferência, utilizando o silicone de adição, devido a sua ótima fidelidade de cópia e estabilidade dimensional, que permite a sua utilização em mais de uma consulta). Esse dispositivo auxilia o processo restaurador reproduzindo o enceramento e facilitando a confecção da concha de forma homogênea e com a espessura mais próxima do ideal.
Porém, a confecção da muralha de silicone necessita do enceramento diagnóstico para que a mesma seja reproduzida a partir das modificações de tamanho, largura e volume. Vale ressaltar que a realização da muralha de silicone a partir do enceramento diagnóstico, deve ser feita após a entrega do modelo que foi enviado ao laboratório de prótese ou após o profissional confeccionar o enceramento a partir do modelo de estudo.
Caso haja necessidade emergencial de confecção de muralha podemos lançar mão de uma modificação na técnica da muralha, chamada matriz BRB que permite que o profissional confeccione a muralha diretamente em boca com um desenho com lápis e remoção dos excessos no silicone com brocas. É uma excelente opção para auxilio no processo de estratificação nos dentes anteriores. Após a correta confecção da concha palatina, as próximas etapas restauradoras podem ser feitas de maneira mais fácil, mas isso é assunto para um próximo artigo!
Fique atento aos próximos textos e compreenda como realizar restaurações mais naturais!
Sobre o autor:
Rafael Amado | @dr.rafa_amado
Graduado pela Faculdade de Odontologia de Campos/RJ;
Mestrado e Especialização em Dentística SLMandic /SP;
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Excelente conteúdo sobre concha palatina, dr Rafael Amado,o melhor