As normas de biossegurança sempre foram fundamentais para o funcionamento legal dos consultórios odontológicos. Elas minimizam o risco de contaminação cruzada. Principalmente agora, no momento que estamos vivendo, é importante reforçar alguns pontos referentes a um EPI essencial: a máscara! Todas as informações repassadas neste artigo foram retiradas de orientações de órgãos reguladores nacionais.
Quem deve utilizar máscaras?
De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, as máscaras devem ser utilizadas para evitar a contaminação e propagação do coronavírus, e outras doenças, através de gotículas e aerossóis.
O risco de contaminação dos profissionais da saúde é realmente grande. Dessa forma, é importante estar por dentro de todos os cuidados e entender quais são as máscaras ideais para cada caso e situação, afinal, existe mais de um modelo e eles normalmente confundem muitas pessoas na sua escolha e uso.
Lembre-se: seu paciente não tem o conhecimento de biossegurança que você tem!
Esse é o momento de auxiliar na contenção da doença e instruir seus pacientes nesse sentido. Para eles, você deve indicar a máscara confeccionada de tecidos como: apenas algodão, algodão com elastano ou não tecido como TNT. Nesse último modelo de tecido, recomenda-se que a gramatura seja de 20 – 40 g/m².
Além disso, é recomendável que a máscara tenha 3 camadas: a primeira, na parte frontal, com tecido não impermeável. A segunda, ao meio, com tecido respirável. E a última, que fica em contato com o rosto, de tecido de algodão.
A camada externa e o elemento filtrante devem ser resistentes à penetração de fluidos transportados pelo ar (repelência a fluidos). Vale ressaltar que essa recomendação é apenas para indivíduos que não trabalham diretamente com a saúde.
Para o paciente, é importante que ele vá até ao consultório de máscara, retire-a pelo elástico e coloque em uma embalagem de plástico. Após o final do tratamento, ele deve recolocar a máscara para a volta pra casa.
>>>Leia também: COVID-19: o que mudou no consultório?
Orientações sobre o uso da máscara de tecido:
- Coloque a máscara de forma em que ela cubra a boca e o nariz. Tenha segurança de que ela cobriu todos os espaços entre a face e a máscara;
- Enquanto estiver em uso, evite tocar na parte da frente da máscara;
- Remova a máscara usando a técnica apropriada (remover sempre pelas tiras laterais);
- Após a remoção ou sempre que tocar inadvertidamente em uma máscara usada, deve-se realizar a higiene das mão;
- Não utilizar a máscara por longo tempo, (máximo de 3 horas), trocar após esse período e sempre que tiver úmida, com sujeira aparente, danificada ou se houver dificuldade para respirar;
- Higienizar as mãos com água e sabonete ou preparação alcoólica a 70% ao chegar em casa;
- Retire a máscara e coloque para lavar;
- Repita os procedimentos de higienização das mãos após a retirada da máscara;
- Não compartilhe a sua máscara, ainda que ela esteja lavada.
Você sabe como fazer a limpeza das suas máscaras?
- A máscara deve ser lavada separadamente;
- A limpeza prévia deve ser feita com água corrente e sabão neutro;
- Deixe de molho na água, sabão e água sanitária ou equivalente (recomenda de 20 a 30 minutos);
- Deixe secar ao natural;
- Passe com ferro quente;
- Guarde em um recipiente fechado.
Mas para os profissionais de saúde, qual é a máscara ideal?
Em casos de profissionais da saúde, segundo as recomendações da ANVISA para atendimento odontológico durante o COVID- 19, em procedimentos nos quais serão gerados aerossóis, as máscaras que oferecem melhor proteção são: N95 ou PFF2.
O uso prolongado está liberado?
Esse é um fato que gera muitas dúvidas entre os profissionais da saúde. Mas afinal, posso ou não posso reutilizar as máscaras NF95/PFF2 ou equivalentes? Pois então, a Anvisa diz que sim! Devido a escassez desse material no mercado, as máscaras poderão, excepcionalmente, ser usadas por um período maior que o recomendado pelo fabricante desde que siga algumas premissas:
- A máscara reutilizada não deverá ser compartilhada com outras pessoas;
- Ela deve ser utilizada, obrigatoriamente, junto com o protetor facial (face shield) para minimizar a contaminação;
- Antes de colocar a máscara, verifique se a mesma está em boas condições. Portanto, máscaras úmidas, sujas, rasgadas, amassadas ou com vincos, devem ser descartadas.
Vale salientar que as máscaras usadas por tempo prolongado perdem seus atributos prometidos. Com o tempo, componentes como as tiras e o material da ponte nasal podem se degradar. Com isso, a qualidade do ajuste e vedação pode ser afetada.
DICA PARA USO PROLONGADO DA MÁSCARA
O mercado de máscaras evoluiu com o passar do tempo e conseguiram atingir até 12h de utilização da mesma máscara. Estamos falando da Máscara Phitta! Comprovada cientificamente a sua eficácia contra do Covid19 e outras variantes, além disso, conta com vários outros fatores de proteção. Confira o que a Dra. Ana Cardoso falou sobre a utilização da máscara:
Como faço para remover minha máscara?
Para remover a máscara, retire-a pelos elásticos, tomando bastante cuidado para nunca tocar na sua superfície interna. Conforme o exemplo da imagem abaixo!
Caso a sua máscara esteja em condições para um próximo uso, a acondicione de forma a mantê-la íntegra, limpa e seca. Para isso, pode ser utilizado um saco ou envelope de papel, embalagens plásticas ou de outro material, desde que não fiquem hermeticamente fechadas.
Os elásticos da máscara deverão ser acondicionados de forma a não serem contaminados e de modo a facilitar a retirada da máscara da embalagem. Importante: Se no processo de remoção da máscara houver contaminação da parte interna, ela deverá ser descartada imediatamente.
É efetivo colocar uma máscara em cima da outra?
Segundo a Anvisa, não! Não é recomendado que se utilize a máscara cirúrgica sobreposta a máscara N95 ou equivalente, isso porque esse ato não garante proteção de filtração ou contaminação. Além de ser um grande desperdício, visto que vivemos um cenário de escassez de materiais de biossegurança no mundo todo devido a Pandemia.
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