A resina composta é um material muito versátil, além de ser bastante utilizado na rotina clínica de um Dentista. Tem a finalidade de devolver a estética, forma e função dos elementos dentais. Nesse sentido, o uso deste material tem aumentado muito em popularidade e previsibilidade. A evolução desse material caminha a passos largos e cada vez mais melhorias são observadas. Tanto na manipulação do material, como na manutenção de cor e na resistência ao desgaste, aumentando assim a longevidade das restaurações.
Dessa forma, buscamos garantir maior tempo da restauração em boca, evitando sua troca, pois cada vez que realizamos a troca da restauração, existe a possibilidade de remoção de tecido dental sadio, podendo afetar a resistência do elemento dental em questão.
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Como tornar as restaurações mais resistentes
Para isso, temos que nos atentar a estabelecer estratégias que tornem as restaurações mais resistentes as forças mastigatórias, e que obtenha maior lisura da superfície e preservação durante o uso. Logo, a longevidade das restaurações de resina composta, está diretamente relacionada a alguns fatores clínicos, que podem afetar o desempenho da restauração. Além disso, alguns outros fatores podem potencializar a possibilidade de falha, que são fatores relacionados ao paciente, como: dieta, higiene bucal, hábitos parafuncionais e oclusão. Estes têm maior impacto a longo prazo.
A união desses fatores, além de prejudicar a vida útil do material, também podem causar problemas clínicos como:
- descoloração,
- manchas e acúmulo de placa,
- podendo levar ao desenvolvimento de doença periodontal,
- cárie e fratura da restauração.
As restaurações em resina enfrentam vários desafios no meio bucal, um deles é o acúmulo de biofilme de potencial cariogênico, que pode gerar processo carioso na interface dente/restauração, levando a cárie secundaria e consequente falha do restauro. Conseguimos diminuir essa retenção, através de uma correta sequência de polimento e acabamento da resina e esta etapa deve ser realizada de forma periódica, ganhando também na manutenção da cor.
Outro detalhe importante a ser observado é a resistência ao estresse mecânico, o desgaste durante a mastigação representa desafios adicionais para restaurações de resina composta.
Podemos mitigar esses desgastes, selecionando corretamente o material, conhecendo as características e indicações, com atenção a técnica restauradora e consequentemente verificação de uma correta oclusão. Importante dizer que as consultas de revisão se tornam indispensáveis para aumentar a vida útil da restauração em resina composta evitando falhas e outros problemas.
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A atenção ao protocolo restaurador é de suma importância na longevidade, pois a umidade se não controlada pode interferir na adesão e gerar uma falha. Portanto, ressalta-se a importância do isolamento absoluto na realização do tratamento restaurador, além de controle da umidade, melhora a visibilidade do campo operatório e traz mais segurança ao paciente e ao profissional.
Por fim, acredita-se que o profissional responsável pelo diagnóstico, indicação de tratamento, preparação das cavidades e aplicação dos materiais e técnicas é um fator significativo na longevidade da restauração. Além disso, para obter alta durabilidade dos tratamentos, é importante ter preparos dentais bem confeccionados, indicação precisa dos materiais restauradores, uso correto das técnicas e equipamentos de qualidade, além da explicação ao paciente com os cuidados na manutenção da restauração, bem como da importância das consultas de revisão.
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Fiquem atentos aos próximos artigos que conversaremos mais sobre o mundo da Dentística!
Abraço
Sobre o autor:
Rafael Amado | @dr.rafa_amado
Graduado pela Faculdade de Odontologia de Campos/RJ;
Mestrado e Especialização em Dentística SLMandic /SP;
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