Como diagnosticar a hipersensibilidade dentinária no seu paciente!

O sintoma que assombra muitos consultórios: a hipersensibilidade dentinária! Só de ouvir essas duas palavras tem profissional que fica com frio na espinha, não é? Isso não é à toa, ela é a grande vilã para dentistas e principalmente para os pacientes.

Ela é a única coisa capaz de afastar seu paciente do consultório quando ele pensa em fazer um clareamento dental, o medo da sensibilidade é maior

Ela é a única coisa capaz de afastar seu paciente do consultório quando ele pensa em fazer um clareamento dental, mas o medo da sensibilidade é maior. Pois é o sintoma que vai atrapalhar até a alimentação de muitas pessoas, impedindo de consumir alimentos quentes e frios.

Mas antes de eu te explicar como podemos evitar e tratar essa condição, vamos falar um pouco sobre o que é a hipersensibilidade dentinária. Afinal, saber diagnosticar é o fator chave para ter resultados positivos com os tratamentos!

Ninguém está isento de ter hipersensibilidade

Minha história com a sensibilidade começou muito antes de eu me tornar cirurgiã dentista. Fui paciente modelo de um curso rápido de clareamento na instituição na qual eu me formei na profissão e essa foi uma das experiências mais traumáticas de dor que já passei!

O problema causado não foi uma técnica clareadora incorreta, mas a não identificação da presença de algumas características que meu sorriso apresentava que poderia levar a esse estímulo de dor tão intenso como a presença de trincas e desgastes oclusais já que eu sofro com bruxismo há anos. Tive fortes dores que não conseguia conversar ou caminhar de boca aberta, apenas o vento era suficiente para causar aquela dor intensa.

>>Confira um caso clínico que combina o clareamento dental sem a hipersensibilidade dentinária!

Mas o que é a hipersensibilidade dentinária?

A dor sempre será um sinal clínico de alerta contraprováveis alterações sistêmicas, embora não represente uma direta e infalível relação com problemas patológicos. Os pacientes, via de regra, procuram pelos serviços de saúde, por que algum tipo de desconforto físico os incomoda, sendo a dor um dos principais sintomas.

A queixa de pacientes relatando dor ao ingerir alimentos frios, doces e ao escovarem seus dentes, além da procura pelo profissional para eliminar essa dor, tem sido cada vez mais frequente nos consultórios odontológicos.

A hipersensibilidade (hiperestesia) dentinária é caracterizada por dor de curta duração, aguda e súbita, sugerida pela exposição dentinária em resposta a estímulos térmicos, evaporativos, táteis, osmóticos ou químicos que não pode ser atribuída a nenhuma outra forma de defeito ou patologia dental.

Segundo Almeida et al.4 (2006), a hipersensibilidade dentinária afeta 35% da população mundial. De acordo com Hotta et al.5 (2006), essa hipersensibilidade afeta 1 a cada 6 pessoas, com incidência maior em indivíduos na faixa etária dos 30 anos e igualmente dividido entre homens e mulheres. Hoje vivendo um pós pandemia, tivemos um crescimento expressivo dos casos de hipersensibilidade que estão aparecendo dia após dia em nossos consultórios.

>>> Leia também: Qual método de clareamento escolher para o tratamento do paciente?

De acordo com a teoria hidrodinâmica, quando um estímulo é aplicado na dentina, ocorre o deslocamento de fluido dentro dos túbulos. O movimento do fluido dentinário, em direção à polpa ou em sentido contrário, promove uma deformação mecânica das fibras nervosas que se encontram no interior dos túbulos ou na interface polpa/dentina, que é transmitida como uma sensação dolorosa.

Uma vez que a hipersensibilidade dentinária está associada a áreas de dentina exposta na região cervical dos dentes, os túbulos dentinários envolvidos são estimulados por alterações de temperatura ou de pressão osmótica, ocorrendo um deslocamento do fluido intratubular. A movimentação no interior dos canalículos dentinários pode desencadear, nas fibras nervosas da polpa, uma estimulação, que é representada pela sensação de dor.

Quais detalhes devo observar que vão me auxiliar no diagnóstico da hipersensibilidade?

Presença de trincas no esmalte dentário, desgastes incisais, ausência de guia nos caninos, dentes com desgaste oclusal e recessões gengivais. Além de informações sobre a rotina do nosso paciente como:

  • Qual o creme dental ele utiliza?
  • E a escova, qual a densidade?
  • Consumo de alimentos ácidos, muitas horas em jejum, alta ingestão de proteínas entre outros fatores podem desencadear tal alteração.

Como tratar a hipersensibilidade dentinária?

A hipersensibilidade dentinária pode ser tratada com dentifrícios específicos, flúor, dessensibilizantes, adesivos dentários, uso de laser, restaurações, cirurgias muco-gengivais e tratamento endodôntico. Com exceção do laser e do tratamento endodôntico, todos os outros tratamentos buscam obliterar os túbulos dentinários, diminuindo ou cessando a hipersensibilidade.

A utilização da Laserterapia no tratamento possui grande eficácia, já que o laser é capaz de agir direto na sinapse nervosa, ou seja, na comunicação entre as inervações que levam o sintoma de dor, além de controlar a resposta inflamatória.

Também podemos utilizar dessensibilizantes a base de nitrato de potássio para o paciente fazer uso com moldeiras de silicone por alguns minutos em casa, auxiliando no tratamento.

Caro leitor, espero que com essas informações a hipersensibilidade não seja mais um grande desafio em seu consultório! Afinal sabemos que a tendência é que ela apareça cada dia mais em nossa rotina de atendimentos e precisamos estar aptos a tratar, devolvendo qualidade de vida aos nossos pacientes!

Sobre a autora:

Dra. Isabela Bueno | Instagram @dra.isabueno

  • Cirurgiã-Dentista em Bauru, SP – Brasil.
  • Possui graduação em odontologia pela Universidade Sagrado Coração, 2014.
  • Pós graduada pelo HRAC-USP BAURU.
  • Especialista em Harmonização Orofacial FUNORTE
  • Referência em Clareamento Dental crosp 115045
  • Equipe Instituto odontológico V&G e UNIGRAVES

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