Como é o tratamento com canais calcificados?

Nossos dentes, muitas vezes podem apresentar calcificações em suas câmaras pulpares e canais radiculares. Isso pode ocorrer pela formação de dentina secundária e também por formação de dentina terciária ou reacional. Suas origens podem ser causadas por traumas, restaurações, mastigação ou cáries dentais.

O padrão de calcificação geralmente começa de fora para dentro do dente. Isso acontece em região de câmara pulpar e terço cervical de canal radicular inicialmente.

Em situações normais, indivíduos jovens apresentam câmara e canais radiculares mais amplos. Já os idosos, possuem canais mais atrésicos e difíceis de localizar.

Os canais calcificados

As calcificações se constituem em um obstáculo para a realização dos tratamentos endodônticos. Elas dificultam a localização dos canais. Nem todo dente com canal calcificado necessita de tratamento endodôntico. Você somente irá realizar o tratamento endodôntico em dentes desse tipo, se houver infecção ou se o dente necessitar de algum procedimento protético. Desta forma, o diagnóstico correto é muito importante nestes casos.

O desafio nos tratamentos endodônticos de dentes com atresias e calcificações gira em torno da dificuldade em se conquistar o acesso aos canais radiculares.

Com esse acesso, podemos realizar a descontaminação do sistema de canais radiculares, criar um espaço apropriado para levar a medicação intracanal, instrumentação e obturação.

Novas tecnologias para o tratamento

As tomografias computadorizadas cone beam de alta resolução com campo de visão pequeno (FOV menor) são fundamentais para que se tenha mais detalhes. Muito importante também é solicitar o volume da tomografia, ou melhor, os arquivos DICOM. Eles podem ser visualizados em programas específicos para extrair mais informações do exame.

Exemplos de Tomografias Computarizadas (Cone Beam)

Para auxiliar o acesso dos canais calcificados, podemos lançar mão dos microscópios operatórios, lupas telescópicas e aparelhos de ultrassom piezoelétricos não cirúrgicos com insertos ultrassônicos.

Microscópios Operatórios para identificação de canais

Os insertos ultrassônicos atuam por vibração e são minimamente invasivos, impedindo desgastes desnecessários da estrutura dental.

O mercado brasileiro também dispõe de grampos invisíveis da marca Indusbello. Esse produto ajuda no trans-operatório para acompanhar, por meio de radiografias, os desgastes que estamos fazendo neste processo.

Diagnóstico dos canais

Se a localização através do microscópio operatório não for suficiente, o Endoguide 3D vai facilitar o acesso aos canais calcificados. Para isso, é necessário realizar uma tomografia computadorizada e o escaneamento digital da arcada. Isso, além de confeccionar a prototipagem e a impressão 3D do endoguide que irá guiar a localização dos canais. Estes guias devem ser fixados na arcada dentária com muito cuidado.

Todos o planejamento é feito via software. Devemos ter muito cuidado na manipulação do guia, que deve ser adaptado perfeitamente para que o canal seja localizado com tranquilidade.

Apesar de toda a aparatologia, é importante que um endodontista com experiência execute os procedimentos, dessa forma o tratamento terá melhor previsibilidade.

Existe outra forma que ainda não chegou no Brasil para localização dos canais radiculares. É a Navegação dinâmica em 3D, que funciona como um GPS ou guia para a sua broca em tempo real.

Navegação Dinâmica em 3D

As variáveis são muitas e cada caso de dente calcificado ou com câmara e canal atrésicos devem ser avaliados individualmente.

Em alterações cromáticas (dentes amarelados), sem lesão periapical ou dor, não há necessidade de intervenção. O clareamento dental externo pode ser indicado e feito, claro, com um acompanhamento clínico.

Dificuldades ocasionais

Existem casos em que na tentativa de localização dos canais, pode haver um acidente e ocorrer uma perfuração endodôntica. Isso pode ser corrigido com o uso de materiais biocerâmicos reparadores.

Perfuração endodôntica

Em casos de endodontias em canais atrésicos ou calcificados com lesão, o ideal é que sempre depois de localizado e tratado o canal, realize-se o acompanhamento radiográfico. Dessa maneira, pode-se observar a redução da imagem radiolúcida encontrada na região apical do dente.

 

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