Dicas para evitar a infiltração marginal em resina composta

A resina composta é o principal material para restauração de forma direta e tem sido amplamente utilizada com sucesso por décadas. No entanto, sua polimerização está relacionada ao encolhimento do seu volume, denominado contração de polimerização.

Essas tensões formadas no processo de transformação de monômero para polímero, geram na interface adesiva dente-restauração a possibilidade de formação de fissuras levando a sensibilidade pós-operatória, infiltrações marginais, degradação do sistema adesivo e cárie secundária. A união dente-resina corresponde uma área super importante do processo adesivo e está diretamente relacionada a longevidade da restauração em resina composta.

A busca pela diminuição dos danos gerados pela contração de polimerização é uma constante na Odontologia adesiva e algumas alternativas são utilizadas com esse fim, confira quais são.

Tensões durante a polimerização:

Uma forma de minimizar os problemas associados a formação de tensões durante a polimerização é a inserção da resina composta em incrementos horizontais ou oblíquos, porém esta técnica incremental pode demandar muito tempo clínico, pois a espessura máxima de cada incremento não deve ultrapassar 2mm. Onde cada incremento  ativado por pela luz por 20 a 40 segundos. Porém existe divergências em relação à aplicação de vários incrementos no processo restaurador. Há relatos que essa técnica pode gerar acúmulo de tensões levando a deflexão de cúspides.

Ou então você pode ir para uma alternativa

Utilizando as resinas bulk fill. Essa resina permite a inserção em incremento único em cavidades de até 4 mm de profundidade. As modificações na formulação desse material e apresentação de um baixo módulo de elasticidade favorecem a profundidade polimerização e a dissipação de forças durante a mastigação. Consequentemente, a reação de polimerização fica mais lenta promovendo menor tensão e menos problemas na interface adesiva.

Dica para evitar a umidade no processo adesivo

O controle da umidade no processo adesivo também é de fundamental importância para sua efetividade. A utilização de isolamento absoluto é um grande aliado e promove o afastamento de estruturas anatômicas próximas ao dente a ser tratado. Além disso, permite melhor visualização do campo operatório e previne acidentes indesejáveis tais como: aspiração e deglutição de corpos estranhos. Portanto, o isolamento absoluto nunca é perda de tempo!

Por outro lado, interfere na qualidade da adesão, a efetividade da polimerização, que deve ser realizada através de um bom aparelho fotopolimerizador. A qualidade da fotoativação é fundamental no processo restaurador e está diretamente ligada a dureza do compósito. Tem a intenção de aumentar as propriedades de dureza superficial, resistência à compressão e capacidade adesiva.

E sobre a manutenção do adesivo

A manutenção da interface adesiva dente-restauração, o controle e diminuição de possíveis infiltrações marginais também estão condicionadas ao operador e seu conhecimento da quantidade e qualidade do substrato dental que será restabelecido. Se a restauração será em esmalte ou dentina, se será aplicado o condicionamento ácido total ou seletivo de esmalte, assim como os materiais que serão utilizados. Seja adesivos autocondicionantes, universais ou convencionais como os tipos de resinas escolhidas. A soma de todos esses fatores está diretamente relacionadas com a longevidade da restauração.

Por fim, lembre-se: cabe ao profissional ficar atento ao processo restaurador realizando consultas de manutenção polimento e acabamento quando necessário, para que o sucesso restaurador e a integridade marginal sejam mantidas.

Fiquem atentos aos próximos artigos!

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