O fato é que alguns termos na Radiologia Odontológica geram muitas dúvidas e discussões. Por isso é importante que o(a) dentista compreenda essas palavras e conceitos utilizados diariamente. Vamos começar com uma palavra que “dá o que falar” na radiologia, afinal, é raio-x ou Raios X?
Vem comigo que vou explicar!
É raio-x ou Raios X?
Raio-x com hífen se refere à radiografia, o exame propriamente feito pelo operador dos Raios X. Vejam só: aqui a palavra Raios X remete à radiação ionizante capaz de gerar a imagem. Então, isso significa que você pode utilizar as duas maneiras desde que compreenda os seus significados.
Nos dicionários não há esta distinção, por esse motivo a confusão se generaliza em cima do termo.
Então, quando você se referir ao feixe de radiação que sai do aparelho, você deve utilizar Raios X e quando se referir à radiografia (exame) você utiliza raio-x. Simples assim.
E a Radiação?
Outra palavra que causa até “medo” em muitas pessoas é: Radiação. Importante ter em mente qual o verdadeiro significado, o conceito da palavra.
Em física, radiação (do termo latino radiatione) consiste na propagação de energia de um ponto a outro, seja no vácuo ou em qualquer meio material. Desse modo, pode ser classificada como energia em trânsito, além disso, ocorre através de uma onda eletromagnética ou partícula.
As radiações podem ser emitidas tanto artificialmente em procedimentos médicos ou atividades industriais, quanto naturalmente, como a luz solar por exemplo. Independente do tipo, elas interagem com os corpos, até mesmo com o ser humano, e depositam neles energia. Essa interação depende do tipo da energia de radiação e do meio em que está se propagando. Por isso, quando falarmos em radiação, estamos falando de energia sendo propagada, por meio de ondas eletromagnéticas ou por partículas.
Agora que a gente já esclareceu sobre os Raios X e a radiação, que tal entender como tudo isso começou?
Há mais de um século, em 8 de novembro de 1895, Wilhelm Conrad Röntgen (1845-1923), físico alemão e professor da Universidade de Wüzburg (Alemanha), descobriu uma radiação que até então era desconhecida pelos cientistas. Ele estava trabalhando no seu laboratório e pesquisando o efeito da luminescência produzida por um tubo de raios catódicos no qual tinha uma janela que permitia a saída de raios eletromagnéticos.
Esses raios tinham a propriedade de penetrar corpos opacos e sensibilizar o filme radiográfico, gerando assim, uma imagem do objeto/corpo que foi exposto. Então, Röntgen batizou o raio desconhecido de “X”, emprestando a letra que na matemática define uma variável de valor desconhecido.
A primeira radiografia da história foi feita por ele mesmo e foi a mão esquerda da sua esposa, Anna Bertha Röntgen. Em 1901, Röntgen ganhou o Primeiro Nobel de Física. Este prêmio foi a ele concedido “em reconhecimento aos extraordinários serviços que a descoberta dos notáveis raios possibilitaram e que levam o seu nome”.
Agora vem uma parte bem louvável do cientista: ele doou a recompensa monetária para Universidade de Wüzburg, convicto de que ciência deve estar a serviço da humanidade e não do lucro. Desde então, as pesquisas só evoluíram a respeito das características e propriedades dos Raios X e sua utilização vai desde a Medicina e Odontologia até a Indústria.
Um salve aos Raios X!
Imaginem o que seríamos sem eles? Todo o diagnóstico que temos hoje na área da saúde necessita muito do auxílio dos exames por imagem. Um grande avanço em prol da humanidade! Gostaram? Espero que sim!
Desejo que em 2019 você tenha muita coragem e foco para seus estudos e trabalho. Que o conhecimento esteja sempre te guiando nos seus propósitos.
Até o próximo artigo!
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