Fluxos digitais e a manipulação de arquivos 3D

Os inúmeros fluxos digitais que existem dentro da odontologia contemporânea permitem que os cirurgiões dentistas e os técnicos de prótese dentária trabalhem de forma mais precisa, rápida e eficiente. O avanço de tecnologias como softwares de planejamento, scanners, impressoras 3D e fresadoras abriu um leque de oportunidades imenso dentro do que comumente chamamos de odontologia digital.

A manipulação de arquivos 3d é um recurso que pode ser utilizado dentro destes fluxos e normalmente está relacionada a correção de uma falha no escaneamento (Figura 1) ou a remoção de uma superfície indesejada. Esta manipulação deve ser feita de forma cuidadosa, pois pode afetar diretamente o resultado final do nosso trabalho.

Figura 1- Falha de captura localizada na face distal de um elemento dentário

>>> Leia mais: Scanner 3Shape: conheça os softwares incorporados e suas funções

Quais são os arquivos gerados no escaneamento intraoral?

De fato, a odontologia digital permite que, processos antes complicados e passíveis de erros humanos, possam hoje ser realizados de forma mais assertiva e apoiados por uma inteligência computadorizada. Porém, ainda é papel do profissional humano o domínio de técnicas e o conhecimento necessário para utilizar a tecnologia a seu favor. Conhecer os tipos de arquivos que existem neste meio e saber como manipular estes recursos é de fundamental importância para a execução de uma odontologia assertiva.

Basicamente, quando falamos em arquivos de visualização 3D, estamos tratando de uma malha de triângulos formados pela união de vários pontos, gerada a partir de um equipamento de leitura. O scanner nada mais é do que um leitor de superfície. Isso implica dizer que um scanner intraoral não é apenas capaz de ler dentes, gengiva ou língua, mas sim, qualquer outro objeto que lhe seja apresentado. Logo, um equipamento como este pode ser utilizado para escanear o negativo de uma moldagem analógica ou um modelo de gesso, por exemplo.

O fruto desta leitura é um arquivo, normalmente em formato STL, PLY ou DCM. Cada um desses arquivos possui suas características específicas, mas, de modo geral, representam digitalmente o objeto escaneado em sua forma tridimensional.

Como é realizada a manipulação de arquivos 3D?

Ao dizer que o scanner é um equipamento utilizado para copiar as características 3D de uma superfície, automaticamente precisamos levar em conta que o resultado desta leitura é dependente de fatores como a habilidade do operador do scanner e seu resultado pode ser manipulado após a captura das imagens. A manipulação de arquivos 3D pode ser realizada através de softwares de desenho e, quando realizada, pode afetar o resultado final. Rotineiramente, a manipulação de um arquivo 3d pode acontecer com o objetivo de corrigir uma falha gerada durante o processo do escaneamento. A utilização de uma técnica incorreta de escaneamento, presença de saliva, abertura bucal limitada, próteses entre outros fatores, podem levar a geração um arquivo com falhas. Essas alterações podem ser observadas como buracos na malha, dobras, ou até mesmo uma malha alternativa unida ao arquivo principal.

Uma outra situação comum é a necessidade de remoção de uma parte do escaneamento. Isso acontece quando o arquivo original possui um dente que deve ser extraído (Figura 2), uma prótese que será substituída ou até mesmo um dispositivo auxiliar de tratamento, como um carriere utilizado na ortodontia.

Figura 2 – Extração de dente realizada através da manipulação de um arquivo 3D

De fato, estas correções do arquivo 3d podem ser necessárias na rotina de quem trabalha com a odontologia digital. Alguns softwares já possuem a inteligência artificial necessária para fazer estas correções de forma automática (Figura 3). Porém, estas alterações podem ser feitas por um operador. Nestas ocasiões, é preciso que a pessoa que manipula estes arquivos tenha o cuidado de não afetar o resultado.

Figura 3 – Correção do arquivo 3D realizada de forma automática

Pequenas alterações do arquivo podem produzir um resultado final incompatível com a realidade clínica e resultar em uma falha no processo digital. Portanto, de maneira automatizada ou manual é preciso cada vez mais entender sobre fluxos digitais em odontologia e saber como trabalhar em cada caso.


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