Sem dúvidas, a mordida cruzada é um dos principais problemas encontrados na rotina ortodôntica. Primeiramente, vamos ao seu conceito: “A mordida cruzada posterior é uma relação anormal, por vestibular ou lingual, de um ou mais dentes da maxila com um ou mais dentes da mandíbula. Elas também podem ser melhor entendidas quando são divididas em esqueléticas, quando resultantes de uma maxila estreita ou de uma mandíbula excessivamente larga, ou dento alveolares, quando ocorre uma inclinação dos dentes no sentido lingual.”
Há autores que vão um pouco além e classificam também a mordida cruzada em relação aos possíveis desvios que possa apresentar, como nas Figuras 1, 2 e 3.
Quanto à prevalência da mordida cruzada posterior, estudos sugerem uma variação entre 3,46% e 23,95%, embora na maioria das pesquisas esta taxa situa-se na faixa de 8% a 16%. Quase um em cada 6 pacientes pode chegar a apresentar essa maloclusão, que é um dos mais danosos problemas da região craniofacial.
Mas afinal, o que causa a mordida cruzada?
Ela pode ser causada por:
- Respiração bucal;
- Hábitos bucais deletérios;
- Perda precoce ou retenção prolongada de dentes decíduos;
- Migração do germe do dente permanente;
- Interferências oclusais;
- Anomalias ósseas congênitas;
- Falta de espaço nos arcos;
- Fissuras palatinas;
- Hábitos posturais incorretos.
O diagnóstico deve ser feito pelo ortodontista por meio de observação minuciosa da condição transversa do paciente, radiografia frontal, manipulação do paciente em RC, análise do grau de compensação dentária dos dentes posteriores, grau de discrepância dentária e esquelética, bem como pela análise do sorriso (Figura 4).
E como tratar a mordida cruzada posterior?
O tratamento da mordida cruzada deverá ser realizado o mais precocemente possível, de modo a evitar todas as eventuais repercussões negativas que possam ocorrer.
Podemos fazer o tratamento dessa má oclusão com o uso de aparelhos removíveis ou fixos, e sua escolha vai depender do tipo de diagnóstico etiológico da mordida cruzada posterior:
- Em casos de mordidas cruzadas dentárias: a opção é por expansão lenta da maxila com aparelho como o quadrihelice, o arco em W ou a placa de expansão removível.
- Quando a mordida cruzada tem um componente esquelético: opta-se por aparelhos que possam fazer a disjunção maxilar, como o aparelho de Hyrax e de Haas (Figura 5).
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Referências:
Rowdley Robert Pereira Rossi*, Mônica Tírre de Araújo**, Ana Maria Bolognese*** R Dental Press Ortodon Ortop Facial 43 Maringá, v. 14, n. 5, p. 43-52, set./out. 2009
José Henrique de Araújo CRUZ1 et al. Arch Health Invest (2019) 8(3):157-163 © 2019 – ISSN 2317-3009 http://dx.doi.org/10.21270/archi.v8i3.3180
Sobre o autor:
George Bueno | @dr.georgebueno
Especialista em Ortodontia – UERJ;
Mestre em Odontologia (Ortodontia) – UERJ;
Doutor em Saúde Coletiva (Epidemiologia) – UFES,
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