Polimerização da resina composta: Como é a reação de contração

A busca pela estética tornou-se mais evidente nos consultórios odontológicos com o passar dos anos, tanto pelos profissionais, quanto pelos pacientes, que desejam um sorriso mais bonito e harmônico. Esse fato é comprovado pelo aumento e aprimoramento das técnicas restauradoras e dos materiais odontológicos, principalmente o uso das resinas compostas – e o cuidado com a polimerização delas –  e dos materiais adesivos.

A justificativa do uso desses materiais na rotina clínica é que os mesmos estão cada vez mais eficientes, longevos, biocompatíveis e altamente estéticos. Os pacientes estão cada vez mais informados sobre as possibilidades e tipos de tratamentos estéticos na Odontologia. Esse fato é comprovado pela grande oferta e divulgação de novos procedimentos estéticos que podem ser realizados durante um atendimento odontológico. Hoje, tais procedimentos buscam uma diminuição de dano à estrutura dentária e menor tempo necessário para sua realização.

Porém, uma consequência inerente a todas as resinas compostas é o stress gerado pela contração de polimerização. As resinas compostas da atualidade, após a polimerização, perdem entre 2% a 3% de todo o seu volume, influenciando diretamente na qualidade e durabilidade do procedimento restaurador. Este fator é o grande responsável pelas falhas que ocorrem nos procedimentos restauradores.

A falha pode ser explicada pelo motivo da resina composta, depois de ser inserida na cavidade, enfrentar uma batalha das forças de contração com as forças de adesão do sistema adesivo para manter a resina composta aderida às paredes da cavidade. Logo, dependendo do resultado e intensidade dessa disputa de forças, é observado o sucesso ou o comprometimento da restauração.

Diversos fatores podem interferir na contração de polimerização, podendo exacerbar ou diminuir seus efeitos. Esses fatores são: composição da resina, técnica restauradora utilizada, tipo de inserção da resina na cavidade, forma de fotoativação e a técnica do profissional. Além disso, outro fator que coloca em risco a qualidade da restauração é o fator de configuração cavitária (Fator C).

Fatores que devem ser mais observados para evitar a polimerização

  • Qualidade da fotoativação:
    A efetividade da polimerização é diretamente proporcional à dureza do compósito, pois tem a intenção de aumentar as propriedades de dureza superficial, resistência à compressão e capacidade adesiva.
  • Fator C:
    A não observância do resultado desse fator nos traduz uma possível previsibilidade de falha da restauração. Onde o fator C é o resultado da divisão entre as paredes da cavidade que estão aderidas à resina e as paredes que estão livres, ou seja, não aderidas.
  • Módulo de elasticidade:
    Devemos ter atenção a capacidade do material restaurador de receber carga sem que sofra deformação. Logo um baixo módulo de elasticidade traz à restauração a flexibilidade para competir com a contração de polimerização, melhorando o selamento e a longevidade da restauração, resultando também em maiores forças de adesão.
  • Técnica de inserção incremental:
    A inserção da resina composta em incrementos reduz o volume de material que contrai ao longo da polimerização, logo, reduz o stress na cavidade que será restaurada.
    Diversas possibilidades incrementais são sugeridas pela literatura, cabe ao dentista verificar suas vantagens e limitações.
  • Habilidade profissional:
    O não conhecimento do material resinoso, das técnicas restauradoras e do substrato dentário que será restaurado podem levar ao insucesso da restauração. Então, o profissional deve estar sempre buscando conhecimento e o entendimento do comportamento da restauração para que seus procedimentos estéticos restauradores tenham sucesso e longevidade.

Fiquem atentos aos próximos artigos!!

Grande abraço

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