Como auxiliar seus pacientes na prevenção da halitose?

A halitose é um transtorno caracterizado por um forte odor oral, geralmente associado à má higiene bucal e que pode causar grandes impactos na qualidade de vida do paciente. 

De acordo com a Associação Brasileira de Halitose (ABHA), pelo menos 30% da população brasileira tem mau hálito, sendo uma queixa muito comum no consultório odontológico. 

A seguir, confira os principais tipos de halitose e dicas para auxiliar seus pacientes na prevenção deste distúrbio! 

Homem verificando se está com halitose

O que é halitose? 

Popularmente conhecida como mau hálito, é definida como um odor desagradável exalado pela cavidade bucal e/ou nasal. 

É uma condição muito frequente na população e, embora não seja propriamente uma doença, indica que há um desequilíbrio no organismo do paciente. 

Pode ser causada por inúmeros fatores, como alterações bucais, infecções respiratórias, uso de medicamentos, dentre outros. 

Além disso, ainda é considerada um tabu na sociedade, podendo prejudicar a qualidade de vida do paciente e comprometer o seu convívio social, profissional e familiar. 

Tipos de halitose 

A halitose pode ser classificada em três diferentes tipos: halitose genuína, pseudo-halitose e halitofobia.

A seguir, veja as principais diferenças entre elas. 

1. Halitose genuína 

A halitose genuína ou verdadeira é caracterizada por um mau odor bucal, facilmente detectável. Pode ocorrer devido a fatores fisiológicos ou patológicos. 

2. Halitose fisiológica 

É causada pelo acúmulo de placa bacteriana no dorso da língua e higiene bucal inadequada. É transitória e não está associada a uma doença. O mau hálito matinal, por exemplo, é uma forma de halitose fisiológica. 

 3. Halitose patológica (intrabucal e extrabucal) 

A halitose patológica é mais intensa e persistente do que a halitose fisiológica. Possui uma causa específica que pode ter origem bucal ou extrabucal. 

A halitose patológica intrabucal pode ser desencadeada por doenças, condições patológicas e disfunções em tecidos bucais.  

As causas mais frequentes são: 

  • Cáries; 
  • Doenças como gengivite e periodontite; 
  • Abscessos; 
  • Saburra lingual alterada por patologia; 
  • Xerostomia. 
  • Etc. 

A halitose patológica extrabucal pode ser causada por diversos fatores e exige uma avaliação diagnóstica multiprofissional.  

Os principais são: 

  • Infecções respiratórias; 
  • Problemas no trato digestivo; 
  • Desidratação; 
  • Estresse; 
  • Uso de medicamentos; 
  • Hábitos alimentares; 
  • Tabagismo. 
  • Etc. 

Uma das formas de diferenciar a halitose intrabucal e extrabucal é realizando a inspeção do odor bucal e nasal do paciente. 

Em caso de halitose patológica intrabucal o paciente libera odor desagradável pela boca.  

Em caso de halitose patológica extrabucal o paciente libera odor apenas pela cavidade nasal ou simultaneamente pela cavidade oral e nasal. 

É importante ressaltar que, quando a causa do mau hálito for extrabucal, o dentista deve encaminhar o paciente para a especialidade médica adequada. 

 2. Pseudo-halitose 

Também conhecida como “mau hálito imaginário”, a pseudo-halitose ocorre quando o paciente acredita possuir um odor desagradável em seu hálito, mas ele não é detectado. 

Neste caso, o paciente aceita o diagnóstico desde que seja comprovado pelo cirurgião-dentista que o mau odor não é verdadeiro. 

3. Halitofobia 

A halitofobia é uma condição em que o paciente, mesmo após ter realizado o tratamento para halitose verdadeira ou pseudo-halitose, continua acreditando que está com mau hálito. 

Em casos extremos, a halitofobia pode ocasionar higiene bucal compulsiva e problemas com autoestima e socialização.  

Se diagnosticada, o dentista deve realizar o devido encaminhamento do paciente a um médico ou psicólogo. 

Como ajudar seu paciente a prevenir o mau hálito? 

Considerando que mais de 90% dos casos de mau hálito são de origem intrabucal, a principal forma de prevenir essa condição é cuidando da saúde da boca. 

E o dentista tem um importante papel na prevenção e educação em saúde bucal de seus pacientes.  

A seguir, veja 5 dicas de como ajudar seu paciente a prevenir o mau hálito. 

  1. Oriente os pacientes sobre os cuidados com a higiene oral 

É fundamental orientar os pacientes – portadores ou não de mau hálito – em relação aos cuidados diários com a saúde bucal. 

Por isso, ensine as técnicas de escovação, uso de fio dental e realização de bochechos com produtos antissépticos.  

Além disso, explique como realizar a higiene adequada da língua, uma vez que a saburra lingual é uma das principais causas do transtorno. 

2. Estimule as consultas periódicas  

Além de reforçar a importância da higiene bucal diária, é preciso conscientizar os pacientes sobre o acompanhamento odontológico contínuo. 

As idas periódicas ao dentista são essenciais para a prevenção de doenças e condições bucais que favorecem a formação de placa bacteriana e podem causar o mau hálito. 

Principalmente em casos de pacientes que possuem várias restaurações ou fazem uso de próteses. 

3. Incentive a adoção de hábitos saudáveis 

Adotar hábitos saudáveis também é fundamental para prevenir o distúrbio.  

Neste caso, incentive seus pacientes a terem uma dieta balanceada e rica em fibras, evitarem jejuns prolongados e ingerirem bastante líquidos para estimular a produção e o fluxo de saliva. 

Enfatize que o consumo excessivo de álcool e o tabagismo também devem ser evitados, pois ambos provocam alterações na cavidade bucal que liberam enxofre, causando o odor desagradável. 

4. Compartilhe informações sobre saúde bucal 

Seja no consultório ou nas redes sociais, compartilhar informações de qualidade sobre mau hálito é uma excelente maneira de desmistificar o assunto e conscientizar seus pacientes. 

Logo, forneça materiais informativos durante as consultas e use as redes sociais para falar sobre o tema, elaborar dicas, esclarecer dúvidas sobre o tratamento e divulgar os seus serviços odontológicos.  

5. Indique produtos de qualidade 

Para realizar uma limpeza bucal efetiva e que previna o mau hálito é muito importante usar produtos de qualidade. 

Por isso, sempre ofereça e indique itens de higiene oral de marcas confiáveis e que atendam as necessidades individuais de seus pacientes. 

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Referências:  

RUIZ, D. R.; CUNHA, F. A.; BUSSADORI, S. K. Halitose. ConScientiae Saúde, São Paulo, v. 6, n. 2, p. 249-254, 2007. 

HALITOSE. Ministério da Saúde, [S. l.], p. 1-1, 1 dez. 2007. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/halitose/. Acesso em: 29 mar. 2023. 

HALITOSE ou Mau Hálito: tratamento e prevenção com 6 Fitoterápicos. Oficina de ervas, [S. l.], p. 1-1, 1 dez. 2007. Disponível em: https://www.oficinadeervas.com.br/conteudo/halitose-ou-mau-halito-tratamento-e-prevencao-com-6-fitoterapicos. Acesso em: 29 mar. 2023. 

 O que há de novo na Odontologia • Rev. Dent. Press Ortodon. Ortop. Facial 14 (3) • Jun 2009 • https://doi.org/10.1590/S1415-54192009000300002    

 MAU HÁLITO (HALITOSE). Drauzio Varella, [S. l.], p. 1-1, 1 dez. 2007. Disponível em: https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/mau-halito-halitose/. Acesso em: 29 mar. 2023. 

 ELIMINE as causas do mau hálito (Halitose). Oral-B, [S. l.], p. 1-1, 1 dez. 2007. Disponível em: https://www.oralb.com.br/pt-br/artigos-cuidado-bucal/elimine-as-causas-do-mau-halito. Acesso em: 29 mar. 2023. 

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