Na prática clínica, aprendemos que entregar sorrisos bonitos e duradouros vai além da habilidade técnica: ter os materiais certos à mão é crucial.
A rotina da Dentística exige organização. Cada etapa, da limpeza inicial ao acabamento da restauração, pede atenção aos detalhes que impactam o resultado final. E quando o assunto é estética, esse cuidado se intensifica, afinal, beleza e função andam juntas.
Pensando nisso, listei os materiais que considero indispensáveis para quem realiza procedimentos restauradores com frequência, tanto em dentes da frente quanto de trás, e que também se preocupa com a harmonia do sorriso como um todo – o que, em alguns casos, envolve a integração com procedimentos de harmonização orofacial.
O Básico para Começar: Preparo Inicial
- Pó de pedra-pomes, pasta profilática e jato de bicarbonato
Antes de qualquer adesão, a limpeza é fundamental. Uma boa profilaxia permite visualizar claramente as estruturas dentais, manchas, lesões e outros detalhes importantes.
Além disso, preparar a superfície corretamente influencia diretamente a eficácia da colagem. A escolha entre pó de pedra-pomes, pasta profilática ou jato de bicarbonato depende da sua preferência e do caso.
Isolamento Absoluto: A Chave da Adesão
- Lençol de borracha
Pode parecer óbvio, mas ainda há quem resista ao lençol de borracha. A verdade é que o isolamento absoluto é um dos segredos para o sucesso das restaurações adesivas.
Com a prática, a colocação se torna rápida, e os resultados melhoram significativamente. Controle de umidade, previsibilidade e maior durabilidade da restauração são apenas alguns dos benefícios.
Desgaste e Remoção Precisos
- Brocas novas
Trocar as brocas regularmente é essencial. Instrumentos desgastados podem causar superaquecimento, sensibilidade pós-operatória e até danos à polpa. Invista em brocas afiadas – sua restauração e o paciente agradecerão.
Adesão: Onde Tudo se Conecta
- Microbrush ou pincel aplicador
Parece simples, mas a qualidade do microbrush faz toda a diferença. Cerdas firmes e estáveis garantem a aplicação uniforme de ácidos e adesivos, sem comprometer a adesão.
- Ácido fosfórico a 37%
Nem todo ácido é igual. Opte por aqueles com cor intensa e consistência tixotrópica, o que facilita o controle da aplicação, especialmente em técnicas como o condicionamento seletivo do esmalte.
- Adesivo dental
Um bom adesivo é fundamental para o sucesso da restauração. Autocondicionante, universal, de um ou dois frascos? A escolha depende da sua rotina e do caso clínico.
O importante é seguir o tempo de ação, agitar bem antes de usar e manter o frasco sempre fechado.
- Fotopolimerizador
Essencial em qualquer procedimento restaurador, o fotopolimerizador precisa ter potência e comprimento de onda adequados. Uma cura incompleta compromete a resistência da restauração e pode arruinar todo o trabalho.
Restauração Direta: Mais que Preencher, Esculpir
- Resina composta
A variedade é grande e pode confundir. O segredo é conhecer as propriedades da resina: opacidade, textura, facilidade de escultura, polimento e estabilidade de cor.
Uma boa escolha é meio caminho para um resultado surpreendente.
- Cimentos protetores
Indispensáveis para proteger a dentina e a polpa. Os mais utilizados são o hidróxido de cálcio e o ionômero de vidro, que atuam como barreira contra estímulos térmicos e químicos.
- Tira de lixa e acabamento
As áreas entre os dentes merecem atenção especial. A tira de lixa garante um acabamento adequado, previne o acúmulo de placa e contribui para a durabilidade da restauração.
Clareamento: Estética Além da Restauração
- Gel clareador
Clarear os dentes é um desejo comum dos pacientes e, quando bem planejado, pode ser o toque final para harmonizar um sorriso restaurado.
Peróxido de hidrogênio ou carbamida, em técnicas caseira, de consultório ou combinada – o importante é entender o perfil do paciente e escolher a melhor abordagem.
Restaurações Indiretas: Precisão e Adesão
- Ácido fluorídrico, silano e cerâmica odontológica
Em trabalhos com cerâmica, o condicionamento com ácido fluorídrico e o uso do silano são passos essenciais para garantir a adesão. Além disso, entender as características da cerâmica escolhida (resistência, opacidade e estética) ajuda a alinhar expectativas e resultados.
- Pino de fibra de vidro
Reforço dentro da raiz do dente que é seguro e estético. Com ele, evitamos o risco de fraturas radiculares e conseguimos unir estética e resistência, principalmente em dentes anteriores.
- Cimentos resinosos e provisórios
Os cimentos resinosos garantem uma união duradoura em restaurações definitivas, enquanto os provisórios mantêm a adaptação e a função até a finalização do trabalho.
Moldagem: O Início da Finalização
- Materiais de moldagem
Mesmo com a evolução da odontologia digital, muitos ainda utilizam a moldagem convencional. Alginato, silicones de adição ou condensação – o importante é dominar o material escolhido, entendendo seu tempo de presa e a precisão da cópia.
Dentística + Harmonização: Uma Combinação Estratégica
A beleza do sorriso vai além dos dentes. Muitos colegas já incluem em sua rotina procedimentos de harmonização orofacial que complementam e potencializam os resultados das restaurações, como o preenchimento labial, o suporte do filtro labial e a harmonização gengival.
A união dessas técnicas eleva o tratamento de um patamar funcional e estético para um resultado verdadeiramente harmônico.
Conclusão
Conhecer bem os materiais de Dentística é mais do que uma obrigação – é um diferencial. Não se trata apenas de realizar um procedimento, mas de oferecer uma experiência clínica que gere confiança, conforto e, claro, beleza. E para isso, contar com bons fornecedores faz toda a diferença.
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