É um desafio diário para o cirurgião dentista construir, modificar e mimetizar a estética de um sorriso com materiais artificiais para fazer a substituição da estrutura dental. No processo é importante manter e conservar a harmonia e o seu aspecto natural. Para isso, o fundamental é saber selecionar qual resina utilizar no caso. Será resina composta ou cerâmica? Vamos conferir neste artigo a melhor opção.
Existem diversas opções de tratamento que o cirurgião dentista pode usar para chegar em um resultado funcional e estético desejado. Um exemplo são as restaurações diretas/indiretas. Diretas são as restaurações feitas em resina composta e as indiretas são confeccionadas em cerâmica. Porém, a dúvida na escolha do material é uma constante na rotina clínica. A seguir, avaliaremos as vantagens e desvantagens desses materiais para ajudar e facilitar a correta seleção.
>>>Leia mais: Acabamento e polimento em resina composta
Vantagens da resina composta:
-
- Conservação da estrutura dental sadia;
- Menor tempo clínico;
- Facilidade de reparo;
- Boa relação custo/benefício;
- Ótimo resultado estético;
- Baixa condutibilidade térmica;
Desvantagens da resina composta:
-
- Sorção de água que reduz a resistência ao desgaste;
- Contração de polimerização;
- Possibilidade de sensibilidade pós-operatória;
- Dificuldade na obtenção de ponto de contato;
- Coeficiente de expansão térmica superior ao do dente e
- Baixa estabilidade da cor;
>>>Leia mais: Polimerização da resina composta: Como é a reação de contração
As resinas compostas quando são executadas seguindo as indicações com atenção as técnicas de controle de umidade, conhecimento dos protocolos adesivos e restauradores, podem apresentar uma boa durabilidade. De modo geral, a longevidade da restauração pode variar de acordo com o tamanho e localização do preparo, qualidade e quantidade do substrato, seleção adequada da resina, a técnica operatória e cooperação do paciente. Sendo que a formação de uma interface de união estável entre o substrato dental e o material possibilita o sucesso nas restaurações.
Já as cerâmicas apresentam as seguintes vantagens:
-
- Translucidez;
- Coeficiente de expansão térmica próxima a do dente;
- Baixa condutividade térmica;
- Resistência ao desgaste;
- Compatibilidade biológica;
- Estabilidade de cor;
E de desvantagens das cerâmicas:
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- Custo mais elevado;
- Mais etapas clínicas;
- Dificuldade de reparos;
- Terceirização do serviço (dependência de confecção por técnicos em prótese);
- Possibilidade de maior desgaste na estrutura dental;
A cerâmica ainda é um material com melhores propriedades ópticas, estéticas e duráveis do que as resina. Porém, assim como as resinas, a atenção às etapas da seleção correta da cor, conhecimento do tipo de cerâmica, qualidade técnica de preparo, de controle de umidade, comunicação dentista x laboratório, conhecimento dos protocolos adesivos e de cimentação, assim como a manutenção preventiva favorecem a durabilidade. Já as resinas possuem a versatilidade, praticidade e fácil acesso para a solução dos requisitos estéticos diários. Os dois materiais apresentam ótimas propriedades, mas o ideal é que ambos os materiais possam ser corretamente indicados com bom senso e conhecimento técnico par usá-los.
Sobre o autor:
Dr. Rafael Amado | @dr.rafa_amado
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- Graduado pela Faculdade de Odontologia de Campos/RJ;
- Mestrado e Especialização em Dentística SLMandic /SP;
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