Saiba como funciona o fluxo digital para os laboratórios

O fluxo digital vem conquistando cada vez mais adeptos, não só nos consultórios odontológicos, mas também nos laboratórios de prótese dentária.

Mas afinal, como essa abordagem funciona? Como é a aplicação do digital no dia a dia do laboratório? Será que vale a pena trocar um processo analógico já consolidado por uma solução digital?

Continue a leitura para esclarecer essas e outras dúvidas. A seguir, explicaremos um pouco mais sobre o fluxo digital no laboratório e todas as suas possibilidades. Vem com a gente!

O que é o fluxo digital no laboratório de prótese dentária?

O fluxo digital é uma abordagem que utiliza recursos tecnológicos, como softwares e equipamentos, para a confecção de próteses dentárias.

No laboratório, ele é capaz de transformar todo o processo de produção, começando pelo recebimento de um arquivo digital, que dispensa o uso de modelos em gesso e é muito mais fiel aos detalhes.

O planejamento é feito com o auxílio de um software especializado, permitindo mais precisão e agilidade nas etapas, enquanto a confecção da prótese deixa de ser manual e passa a ser automatizada, por meio de fresagem ou impressão 3D.

Isso representa uma revolução na forma como as próteses são feitas no laboratório. Com essas mudanças, seu trabalho ganha ainda mais eficiência, previsibilidade e qualidade!

O papel do TPD na odontologia digital

No entanto, é importante reforçar que o fluxo digital veio para otimizar o trabalho do técnico em prótese dentária e não para substituí-lo.

Um profissional capacitado no uso de tecnologias CAD/CAM continua sendo fundamental para que o laboratório opere com qualidade:

Entre as principais responsabilidades do TPD no fluxo digital, estão:

  • Usar softwares CAD para o planejamento e desenho de peças;
  • Operar impressoras 3D e fresadoras odontológicas;
  • Selecionar e preparar os materiais para cada tipo de prótese;
  • Fazer o acabamento e a caracterização das peças;
  • Avaliar a qualidade final dos trabalhos produzidos no laboratório.

Etapas essenciais do fluxo digital no laboratório (CAD/CAM)

1. Recebimento do arquivo digital

A primeira etapa do fluxo digital para a confecção de próteses dentárias é o recebimento do arquivo digital. A aquisição de imagens, que pode ser feita totalmente digital ou parcialmente digital.

  • Totalmente digital: dentista escaneia a arcada do paciente com o scanner intraoral e envia o arquivo 3D digitalizado diretamente para o laboratório de prótese.

Neste caso, não há necessidade de transporte por motoboy, como é normalmente feito em casos de moldes físicos.

  • Parcialmente digital: dentista realiza a moldagem convencional da arcada dentária e envia pelo motoboy.

Ao chegar no laboratório, o molde é vazado normalmente e, por último, escaneado com um scanner de bancada.

Nesse caso, alguns equipamentos podem otimizar a confecção do gesso, como: dosador de gesso, espatulador a vácuo e posicionadores de troquel (pin drill).

Esses dispositivos também otimizam o fluxo de trabalho no laboratório, mesmo no método clássico, ajudando a economizar tempo e material.

2. Planejamento e Desenho – CAD

A próxima etapa envolve a análise do caso e planejamento no software CAD, sigla para Computer Aided Design (Desenho assistido por computador).

O TPD importa o arquivo para o software CAD, que possibilita o planejamento de diversos tipos de restaurações, como:

  •  Coroas;
  • Facetas;
  • Inlays;
  •  Onlays;
  • Estruturas fixas anatômicas;
  •  Protocolos sobre dente ou sobre implante;
  •  Placa miorrelaxante;
  • Alinhadores ortodônticos;
  •  Etc.

O laboratório pode personalizar o software CAD conforme sua necessidade e, inclusive, incluir módulos adicionais para realizar trabalhos específicos, como próteses removíveis e implantes.

 Imagem promovendo investimentos em software CAD em laboratório de próteses, destacando a importância de tecnologia no setor.

3. Fabricação da peça – CAM

CAM é a sigla para Computer Aided Manufacturing (Manufatura auxiliada por computador) e é a próxima etapa do fluxo digital.

Nessa fase, o projeto final é exportado e enviado para o equipamento responsável pela fabricação da prótese dentária, que pode ser uma fresadora ou impressora 3D.

  • Fresadora: utiliza manufatura subtrativa, em que um bloco sólido é fresado (desgastado) até atingir a forma tridimensional definida pelo software de desenho.

Os materiais mais utilizados nesses blocos são: dissilicato de lítio, PMMA, Zircônia, cerâmica e ligas de titânio e cobalto-cromo.

  • Impressora 3D: utiliza manufatura aditiva, ou seja, produz a restauração, guias cirúrgicos ou modelos de estudo camada por camada, a partir da adição de material (geralmente, resina 3D fotopolimerizável).

Ilustrações comparando manufatura subtrativa e manufatura aditiva no processo de fabricação, mostrando etapas de corte e impressão 3D.

Ambos os equipamentos operam a partir de comandos enviados pelo software, produzindo projetos com eficiência e agilidade.

4. Finalização da peça

Após a produção da peça, cada material requer um tipo de tratamento específico, que pode incluir acabamento, sinterização, cristalização ou outro processo.

Além disso, algumas próteses passam pela etapa de maquiagem e glaze, cuja necessidade é avaliada caso a caso.

DICA: Hoje, no mercado odontológico, temos à disposição materiais multicamadas, que se assemelham muito à cor natural dos dentes e, muitas vezes, dispensam essa personalização estética.

5. Envio ao consultório

Após verificação da qualidade da peça, ela é enviada ao cirurgião dentista, que realiza a prova da prótese e cimentação final no paciente.

Fresagem vs. Impressão 3D

Uma dúvida comum no fluxo digital laboratorial é qual equipamento escolher para a confecção das próteses: fresadora ou impressora 3D? E a resposta é: depende.

Para definir a melhor forma de produção, é necessário considerar alguns fatores:

  • o tipo de trabalho mais realizado no seu laboratório;
  • se você já utiliza tecnologias digitais ou ainda opera de forma tradicional;
  • se o seu objetivo é otimizar processos específicos ou migrar totalmente para o digital;
  • o volume de produção de próteses no seu laboratório;
  • os materiais mais utilizados na confecção das próteses.

A fresadora é ótima para trabalhos de coroas, facetas, pontes, pilares, copins e provisórios, por exemplo.

Por outro lado, para a confecção de modelos, guias cirúrgicos e placas, a impressora 3D é a opção mais indicada.

Por isso, se você quer mais agilidade e ampliar seu portfólio de serviços, contar com os dois equipamentos operando em seu laboratório é, sem dúvidas, a melhor estratégia.

Imagem comparando uma fresadora 3D e uma impressora 3D, destacando informações sobre investimento e tecnologia em fabricação digital.

Benefícios do fluxo digital para o seu laboratório

Redução de etapas manuais

A confecção de próteses a partir de um escaneamento intraoral dispensa a necessidade de moldagens convencionais e manipulação de modelos em gesso, o que também significa menos erros manuais e retrabalhos para a sua equipe.

Precisão e personalização das peças

Com as informações capturadas, você pode planejar as estruturas necessárias para o tratamento do paciente. Este processo é realizado em um software de computador que irá desenvolver e projetar próteses com alta precisão e personalização.

Versatilidade para o laboratório

Os softwares, fresadoras e impressoras 3D permitem que você confeccione uma grande variedade de próteses odontológicas, desde restaurações mais simples até tratamentos cirúrgicos mais complexos.

Agilidade na produção e entrega

Com o uso de fresadoras e impressoras 3D, o seu laboratório consegue produzir peças em maior escala e em menos tempo, aumentando a produtividade e reduzindo o prazo de entrega dos seus trabalhos.

Parceria entre profissionais

O fluxo digital também fortalece a parceria entre dentistas e TPD, principalmente no que diz respeito ao envio de arquivos e à troca de informações. Dessa forma, é possível alcançar um padrão de qualidade ainda mais alto nos trabalhos produzidos.

Assista ao vídeo e saiba mais sobre a parceria entre dentista e TPD no Fluxo Digital:

Equipamentos e softwares para o fluxo digital no laboratório

Conheça os principais equipamentos e ferramentas que compõem o fluxo digital em um laboratório de prótese:

Scanners de bancada

Utilizados pelo técnico para escanear modelos físicos de trabalho e gerar modelos digitais em 3D. Oferecem alta velocidade, precisão e recursos avançados de escaneamento.

Scanners intraorais

Usados pelo dentista no consultório para captar imagens digitais da arcada do paciente em poucos minutos.

Esses aparelhos substituem as moldagens convencionais, facilitam a comunicação com o laboratório e ajudam a eliminar algumas etapas de produção.

DICA: O laboratório também pode fornecer serviços de escaneamento intraoral para seus clientes como um diferencial do seu negócio, seja por meio de empréstimo, locação ou parceria comercial.

Softwares CAD

Responsáveis pela manipulação e o planejamento dos modelos digitais (CAD) que serão fabricados via fresagem ou impressão 3D.

Oferecem uma série de recursos, sendo que alguns deles já possuem inteligência artificial (IA) para auxiliar nos projetos.

Fresadoras CAD/CAM

Realizam a usinagem de blocos de materiais, como zircônia, cerâmica, metais, entre outros, com alta precisão, transformando-os em próteses dentárias extremamente fiéis ao projeto.

Possuem diferentes capacidades produtivas, sendo que algumas podem operar por até 24 horas, aumentando significativamente a eficiência laboratorial.

Impressoras 3D

Utilizam tecnologia de adição de camadas para criar próteses em resina, como modelos de estudo, guias cirúrgicos, placas e alinhadores.

Dependendo do modelo, é possível imprimir várias peças protéticas de uma só vez, o que reduz o tempo de trabalho e aumenta a produção no laboratório.

Fornos para acabamento

Usados na etapa final do fluxo digital para processos de sinterização, cristalização ou queima de cerâmicas.

Cada material exige um processo térmico específico, e esses equipamentos garantem que a peça receba o acabamento ideal, para maior resistência, ajuste preciso e estética natural.

  • Assista ao vídeo: Dicas práticas para o seu laboratório | Dosador de Gesso

Nesta matéria, vimos que o fluxo digital é um grande aliado do técnico em prótese dentária – TPD, trazendo muitas vantagens ao processo laboratorial, como redução de etapas, otimização de tempo e maior qualidade na entrega dos trabalhos.

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