Sensibilidade dentária durante o clareamento dental

Seu paciente quer fazer clareamento e ainda tem dúvidas pelo fato de apresentar sensibilidade dentária? Se a resposta é sim, ressaltamos que há técnicas de clareamento adequadas para ele, assim como para outros tipos de perfis.

Já é de conhecimento dos profissionais da Odontologia que a sensibilidade dentária acontece quando o esmalte protetor do dente se torna mais fino, ou mediante ocorrência de recessão da gengiva. O que expõe a dentina e, assim, reduz a proteção que o esmalte e a gengiva fornecem ao dente e à raiz.

Entretanto, um ponto que precisa ser melhor esclarecido é que a sensibilidade do paciente não tem necessariamente relação com o clareador dental. Ela, muitas vezes, vem de uma pré-disposição do indivíduo.

Mas, para o bem-estar do paciente e para a melhor rotina clínica do dentista, destacamos que há formas de evitar esse desconforto. A seguir, conheça quais são os três principais tipos de sensibilidade que o paciente pode apresentar.

Sensibilidade leve e transitória durante o tratamento clareador

Gerada por estímulos térmicos causados pelo aumento de permeabilidade temporário da estrutura dental, esse tipo de sensibilidade é facilmente tolerado e identificado imediatamente após a consulta ou retirada da moldeira.

Desaparece por completo, ou se reduz significativamente, em um período de 30 minutos a 2 horas após hidratação e remineralização inicial.

Caso a sensibilidade seja incômoda para o paciente, o profissional pode reduzir a concentração e/ou tempo de exposição do clareador empregado, ou usar por 10 minutos antes do tratamento o Desensibilize KF 0.2% (moldeira) ou Desensibilize KF2% (consultório).

Na maioria dos pacientes com esse perfil não há necessidade de se alterar o protocolo do tratamento clareador.

Sensibilidade pulsátil logo após o tratamento

Sem ser provocada por estímulos: Sintomas de baixa ou leve hiperemia, normalmente associada a altas concentrações de peróxido (hidrogênio e carbamida), mas que cessam ao longo de 12 a 24 horas.

Os pacientes que apresentam essa reação, normalmente possuem esmalte mais fino e podem apresentar sinais clínicos de biocorrosão e dieta ácida (deixam esmalte mais permeável).

Recomenda-se empregar concentrações mais baixas e se mitigar fatores de risco previamente ao tratamento clareador (por isso recomenda-se uma rigorosa avaliação clínica prévia ao clareamento).

Uma única dose de anti-inflamatório pode eventualmente ser prescrito para remissão de sintomas (medida de urgência). Além disso, deve-se trocar o protocolo/estratégia de terapia (reduzir concentração do gel e modular tempo de uso). Após essa mudança de protocolo o tratamento segue sem intercorrências.

Hipersensibilidade Dentinária Prévia

Neste caso, o paciente já apresenta uma condição prévia de hipersensibilidade (sensibilidade exagerada da dentina vital), que requer tratamento independentemente de se fazer clareamento dental ou não.

Caso essa condição não seja detectada antes de um tratamento clareador, a mesma pode ser exacerbada durante o tratamento e se atribuir ao clareamento a causa de uma condição já pré-existente.

Vale salientar que os principais fatores de risco à incidência de hipersensilidade dentinária prévia são:

  • Parafunção
  • Tratamento ortodôntico prévio
  • Dieta ácida
  • Atletas profissionais e amadores
  • Portadores de desordens gástricas
  • Trincas no esmalte

Como identificar o tipo de sensibilidade do paciente?

Perguntas simples, sobre a sensibilidade no dia a dia (como quando escova os dentes ou ao ingerir algum alimento) ajudam o dentista a identificar o perfil de sensibilidade do paciente de forma rápida e precisa.

Um exemplo que você pode adotar na prática são as perguntas abaixo:

  • Você sente sensibilidade à água gelada ou quente?
  • Você sente sensibilidade quando escova os dentes?
  • Você sente sensibilidade com algum alimento ou bebida?
  • Quando realiza profilaxia dental seus dentes ficam sensíveis?
  • Seus dentes são sensíveis?

Quais casos devem ser tratados antes do clareamento? 

Em alguns casos, antes de iniciar o clareamento dental, é preciso adotar alguns procedimentos com produtos específicos devido ao paciente apresentar sinais clínicos desfavoráveis em termos de sensibilidade. São eles:

  • Trincas de esmalte
  •  Esmalte cervical vulnerável
  • Desgaste do esmalte incisal (visualizando a cor da dentina).
  • Sinais de biocorrosão
  • Recessão gengival
  • Presença de LCNC (Lesões cervicais não cariosas).

Para amenizar o desconforto do paciente ao longo do tratamento, existem algumas opções de dessensibilizantes com ações de bloqueador neural, obliterador/reminerizador e seladores como é o caso do Adesivo Ambar Universal APS que podem ainda ser associados ou não à Laserterapia.

Outras opções: 

Desensibilize KF 0.2% e 2%
Duofluorid XII
Nano P
Ambar Universal APS

As LCNC requerem restaurações (e claro intervenção em sua etiologia multifatorial), as quais podem ser com resina composta associada a um adesivo ou de um ionômero de vidro restaurador.

Assista agora:

O grande ponto positivo de se identificar se um perfil é favorável ou desfavorável no tocante à sensibilidade, é que o profissional poderá adotar uma técnica mais apropriada ao perfil do paciente resultando em maior conforto para o mesmo.

Deve-se dar preferência aos clareadores com dessensibilizantes como Nitrato de Potássio e Fluoreto de Sódio (Whiteness Perfect e White Class) e Cálcio (caseiro White Class e para consultório HP Blue e HP Automixx).

Além disso, é recomendado evitar o uso de fontes exógenas de luz durante o clareamento, uma vez que a literatura corrente não comprova vantagem na terapia clareadora e uma associação a maior risco de sensibilidade.

Diferentes técnicas para todos os perfis de pacientes

A Linha Whiteness da FGM é completa: são clareadores para diferentes técnicas, mas que atendem todos os perfis de pacientes – com sensibilidade dental ou não. A tabela abaixo mostra perfis de sensibilidade, com a técnica mais indicada.

Importante: Os tempos e concentrações podem ser modulados com aumento ou redução destes, conforme resposta do paciente ao tratamento clareador e também de acordo com a velocidade desejada para o tratamento.

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