Muito se fala no foco dos profissionais de odontologia em busca do lucro, sucessivamente metas para a busca deste lucro e incansavelmente a discussão é sempre essa. Mas para que esse item do planejamento seja atingido, entendido e mantido, é necessário a abordagem da inteligência emocional a favor do contexto, fazendo uma adequada gestão emocional dos resultados do consultório odontológico, só assim o dentista conseguirá manter a credibilidade clínica e a competitividade profissional.
É inegável que é do financeiro que parte a base da preocupação diária da rotina clínica, e é dali que o profissional tem alguns dos alicerces para sua satisfação na vida pessoal, portanto, para que ele mantenha esta estabilidade ou alcance sucesso profissional é preciso pensar como empreendedor para utilizar-se de ferramentas de “mindset” que facilite a forma como se lida com os resultados.
Posso afirmar que praticamente a totalidade das formações no Brasil é deficiente de conhecimento administrativo para o profissional ingressante no mercado de trabalho, e mais, não só o administrativo, mas o que se sucede a este item, que é a gestão emocional voltada para lidar com os obstáculos muitas vezes obscuros desta seara chamada “administrar”.
Por isso a inteligência emocional na clínica odontológica se tornou tão importante!
Sabendo disso, desenvolver inteligência emocional no atendimento ao cliente para ter um controle melhor das emoções e usá-las a favor de todos os envolvidos pode ser um diferencial considerável para profissionais da odontologia – como tratado em outro artigo aqui do Blog – mas somente esta linha de estudo não ensina a gerir as próprias emoções quando o assunto é resultado.
Se considerarmos tratar-se de gestão emocional clínica uma maneira de administrar positivamente as nossas emoções quanto as notas negativas do dia a dia, também aprenderemos como gerir os momentos de positivismo relacionados diretamente com nossas emoções aliadas a vida pessoal. E este é o ponto!
Definindo inteligência emocional na odontologia
De acordo com Daniel Goleman, psicólogo, escritor e PhD da Universidade de Harvard e expert no assunto, inteligência emocional é a capacidade que uma pessoa tem de identificar e entender as próprias emoções e a dos outros.
Praticamente, é possível gerenciar os sentimentos, de modo a usá-los como motivador interno e nos relacionamentos com as outras pessoas, criando um grande quebra-cabeça multidisciplinar capaz de levar alguém ao sucesso.
Mas resumidamente, pode-se dizer que é uma forma de controlar as emoções, usando-as a nosso favor, encontrando um equilíbrio entre o emocional e o racional.
Para isso, é preciso desenvolver cinco habilidades base:
- Autoconhecimento emocional;
- Controle emocional;
- Automotivação;
- Empatia;
- Habilidades sociais.
Quando se trata de gestão emocional dos resultados, ficaremos, por agora, focados apenas nos dois primeiros itens – autoconhecimento e controle emocional.
Autoconhecimento emocional
Somente você, ninguém melhor do o próprio indivíduo para conhecer seus limites, e o que afeta ou não seu equilíbrio mental em todas as instâncias.
Por isso, o primeiro pilar da inteligência emocional é o autoconhecimento, ou seja, aprender a identificar quais situações financeiras e resultados clínicos mais abalam e encontrar maneiras de se controlar perante elas, sabendo sempre que elas em algum momento existirão. Sempre existirão!
A busca pelo autoconhecimento deve percorrer uma estrada longa passando por situações imaginárias e experiências já vividas que trazem à tona a totalidade de sentimentos que podem ou não desestruturar mentalmente o profissional.
Controle emocional
Falado do conhecimento é preciso falar do controle, a segunda habilidade consiste em aprender a lidar com os próprios sentimentos, quando eles surgem – e como dito – sempre surgirão! A ideia não é abafá-los, mas buscar viver com eles, mesmo que momentaneamente, da melhor maneira possível, por exemplo, transformando emoções negativas em atitudes positivas.
Outro item que deve ser percorrido neste tópico é o controle emocional dos resultados frente ao relacionamento com a equipe. É fundamental nas bases da inteligência emocional odontológica a harmonia profissional como parte do processo de sucesso do ambiente clínico, e aqui o controle é primordial.
Por fim, o planejamento operacional que é feito no dia a dia depende diretamente deste controle. Cronogramas e alvos para cada área do consultório, os pequenos passos e as tarefas de todos para que metas e objetivos sejam alcançados e o tão esperado resultado venha. Aqui mais uma vez o controle emocional é fundamental, pois em muitas vezes o barco em alto mar deverá remanejar as velas e partir seguindo a direção de novos ventos, e certamente isto costuma ser desgastante emocionalmente não só para o profissional, como para toda equipe.
Mas afinal, como definir gestão emocional?
Durante muito tempo, foi utilizado o termo administração para definir o controle dos processos dentro de um ambiente para o alcance de metas e objetivos. Porém, hoje, o termo mais utilizado é gestão, porque ela traz uma ideia mais complexa.
Embora sejam semelhantes, a administração e a gestão têm diferenças sutis, mas que influenciam na hora de fazer o controle dos processos. Porque, no caso da gestão, ela envolve tanto o conhecimento técnico de administração, como também a parte da estratégia e da emoção propriamente dita.
O gestor é a pessoa que não somente sabe como administrar de forma racional um ambiente, mas também atua como um influenciador e incentivador da equipe que o circunda. É o líder, cujo foco é estimular as competências, habilidades e potencial dos profissionais para que eles tenham melhor desempenho em suas tarefas. Mapeia resultado e filtrando-os emocionalmente a fim de retirar o melhor tanto dos pontos positivos quanto dos degraus negativos.
E não é somente isso, porque, na gestão emocional destes resultados, também é necessário conhecer o mercado, estar atento às suas tendências e inovações, aos hábitos, preferências e comportamentos do público, aí gerir emoção é fundamental para tomadas de decisões – como as já ditas – mudanças de rumo.
E quais dicas para uma gestão emocional eficiente dos resultados do consultório?
Uma clínica ou um consultório odontológico tem diversos processos e todos eles precisam ser muito bem determinados para que o ambiente funcione adequadamente. Sendo assim, para fazer uma boa gestão emocional é importante estar atento a alguns pontos.
Não focar somente no financeiro e esquecer-se de treinar e motivar a equipe. Também não é nada eficaz gastar fortuna em tecnologia e oferecer tratamentos modernos se as rotinas são muito burocráticas e demoradas, ou pior, se estiverem foram do seu foco de público.
O ideal para gerenciar essas emoções que ocorrem diariamente é observar todos os aspectos do ambiente, de uma forma bem ampla – realmente uma visão macro – para descobrir quais são aqueles pontos fortes, os que precisam de melhorias e onde ainda há falhas que interferem negativamente no resultado e como você, profissional está recebendo esta percepção quanto a suas emoções, sejam elas, stress com equipe, stress pessoal, angustias, ansiedade – um olhar atento a tudo – e também aos pontos positivos – para que o sucesso e crescimento sejam mapeados para estruturar a base deste caminho que muitas vezes sofre percalços, como digo: Sempre sofrerá! E aí mais uma vez o ciclo de gestão emocional dos resultados deverá recomeçar ou seguir firmemente.
Abraço a todos!
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