Câncer de mama: conscientize seus pacientes e incentive a prevenção

Os seios representam diversas simbologias em diferentes culturas. Órgãos de amamentação, feminilidade, ousadia, protesto, uma grande fonte de inspiração e ternura, entre outras. Porém, infelizmente, muitas doenças acometem a mama. Por isso, a importância do cuidado e prevenção.

A doença mais conhecida, sem dúvida, é o câncer de mama, principal causa de mortalidade no país entre as mulheres. Ele não tem uma causa específica, são vários fatores que podem fazer a doença evoluir. O câncer de mama é resultado da multiplicação desordenada das células mamárias, que acaba gerando células anormais, as quais se multiplicam e formam o tumor.

Em 2018, ocorreram 2,1 milhões de casos novos, o equivalente a 11,6% de todos os cânceres estimados.

De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), nos próximos 3 anos 2020-2022, estima-se que 66.280 novos casos de câncer de mama sejam diagnosticados no Brasil, com um risco estimado de 61,61 casos a cada 100 mil mulheres.

Durante a pandemia, com base nos dados do Sistema Único de Saúde (SUS), a Fundação do Câncer, verificou uma queda de 84% nas mamografias feitas em comparação ao ano passado. Um dado alarmante, pois quanto mais cedo os sintomas forem identificados e a doença for tratada, maior a chance de recuperação.

Por isso, no Outubro Rosa, mês tão significativo ao movimento de incentivo na prevenção do câncer de mama, separamos alguns pontos que devem ser observados, com o intuito de evitar a doença ou auxiliar no precoce diagnóstico.

Idade

  • A idade contribui ao risco após os 50 anos.

Ambientais e comportamentais

  • Obesidade e sobrepeso após a menopausa;
  • Sedentarismo (não fazer exercícios);
  • Consumo de bebida alcoólica;
  • Exposição frequente a radiações ionizantes (Raios-X).

Fatores da história reprodutiva e hormonal

  • Primeira menstruação antes de 12 anos;
  • Não ter tido filhos;
  • Primeira gravidez após os 30 anos;
  • Não ter amamentado;
  • Parar de menstruar (menopausa) após os 55 anos;
  • Uso de contraceptivos hormonais (estrogênio-progesterona);
  • Ter feito reposição hormonal pós-menopausa, principalmente por mais de cinco anos.

Genéticos e hereditários

  • História familiar de câncer de ovário;
  • Casos de câncer de mama na família, principalmente antes dos 50 anos;
  • História familiar de câncer de mama em homens;
  • Alteração genética, especialmente nos genes BRCA1 e BRCA2.

A mulher que possui um ou mais desses fatores genéticos/ hereditários é considerada com risco elevado para desenvolver câncer de mama.

Como prevenir?

Além dos exames preventivos de mamografia e o autoexame, é necessário manter hábitos saudáveis que podem evitar o desenvolvimento do câncer de mama em cerca de 30% dos casos.

  • Praticar atividade física regularmente;
  • Alimentar-se de forma saudável;
  • Manter o peso corporal adequado;
  • Evitar o consumo de bebidas alcoólicas;
  • Amamentar.

Fique de olho nos sintomas

É muito importante estar atenta aos sintomas do câncer de mama, destacamos os principais sinais abaixo:

  • Caroço (nódulo) fixo, endurecido e, geralmente, indolor;
  • Pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja;
  • Alterações no bico do peito (mamilo);
  • Pequenos nódulos na região embaixo dos braços (axilas) ou no pescoço;
  • Saída espontânea de líquido dos mamilos.

Fontes: Instituto Oncoguia, Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da silva (INCA), ACCG.

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