O bruxismo em tempos de pandemia

Vivemos tempos de incertezas. Esse cenário vem causando um forte impacto social, econômico e político. A rápida disseminação do COVID-19, as dificuldades de controle da doença e sua gravidade são, atualmente, os principais fatores de risco à saúde mental da população.

O cenário se agrava também pela difusão de mitos e informações equivocadas sobre a doença e as medidas de prevenção. Também há a dificuldade da população em compreender as orientações das autoridades sanitárias. A soma disso pode trazer consequências trágicas à saúde bucal, dentre elas, causando a ansiedade e o bruxismo.

Bruxismo

Durante essa pandemia, vimos um aumento nos relatos de pacientes em relação ao bruxismo e ao apertamento dental. Essas observações são totalmente comprovadas clinicamente. O propósito desse artigo é orientar e fornecer dicas para que o diagnóstico dessas lesões sejam mais precoces e seus danos sejam mitigados.

>>> Veja mais: Profilaxia em tempos de pandemia, como realizar?

O termo bruxismo, adotado pela Odontologia, deriva de bruchein, palavra grega que significa atrito, fricção ou aperto dos dentes, fora das funções normais. Considerado como atividade parafuncional da musculatura mastigatória, há relatos desde tempos remotos ao longo da história. É a disfunção musculoesquelética que atinge o sistema estomatognático caracterizado pela intensidade e repetição periódica de apertar e ranger os dentes.

A ansiedade pode causar bruxismo?

O estudo de fatores etiológicos do bruxismo, como a ansiedade, é de fundamental importância para melhorar a compreensão desse hábito. Além de auxiliar o correto diagnóstico e permitir um tratamento efetivo, é importante uma abordagem multidisciplinar dessa disfunção.

Por se tratar de uma alteração com grande poder de destruição dentária e sintomatologia dolorosa, o bruxismo deve ser diagnosticado o mais rápido possível. Entenda quais as principais características do bruxismo:

  • Nível de desgaste dental
  • Relato de dores musculares e articulares (ATM)
  • Limitação de abertura de boca
  • Cansaço ao falar ou ao se alimentar
  • Presença de lesões cervicais não cariosas
  • Perda de dimensão vertical de oclusão

Se você está com boa parte dos sintomas e/ou características acima, veja o que pode ser feito.

Como amenizar os sintomas

Temos que alertar nossos pacientes que quanto mais rápido for a intervenção clínica, menos danos serão ocasionados pelo bruxismo. Devemos instruir em relação à atenção, de não apertar os dentes e, se for o caso, até mesmo de utilizar placas miorrelaxantes diurnas ou noturnas.

Existe até mesmo um aplicativo para smartphones, desenvolvido para monitorar o sonos dos usuários e que utiliza algoritmos para filtrar qualquer semelhante ao do ranger de dentes. Todas as informações são salvas no aplicativo para que a análise possa ser realizada por um profissional odontológico.

O bruxismo continua sendo uma condição de etiologia complexa, associada a inúmeros tratamentos com prognósticos muitas vezes indefinidos. Assim, tratamentos conservadores, pouco invasivos e seguros devem ser os de primeira escolha, sendo o paciente assistido por uma equipe multidisciplinar, objetivando a restituição de sua qualidade de vida.

A diminuição do estresse, a tentativa de minimizar implicações negativas e promover a saúde física e mental, é de fundamental prioridade. Precisamos nos readaptar e lidar com as perdas e transformações e não deixar que haja reflexos em nossa saúde bucal.

 

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